segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Nada além de mim

Acho que estou perdendo as forças. Perdendo o chão. Não sinto mais minhas pernas, nem meus ombros, e muito menos meu pescoço. O que está acontecendo?!
Preciso de um banho. Me sinto suja. Preciso lavar de mim essa sujeira grossa que se juntou na minha pele, e abaixo dela, ao longo da minha vida. E eu me esfrego com força com aquela esponja áspera e aquele sabonete meio fedido que mata quase todas as bactérias, mas não adianta. Eu preciso de um produto que retire as minhas células doentes e me faça feliz outra vez. Porque às vezes eu não consigo sentir nada.
É mais ou menos isso. O nada. O nada me atinge e eu fico de pensamento solto, deixando de viver aquilo que anseio todos os dias. A minha vontade de viver e de ser feliz e de engolir o mundo some e se transforma numa coisa sem forma, sem cor. E eu já não ouço som algum e quando me dou de conta, já passou metade do dia.
E eu choro baixinho porque não aproveitei mais um dia, mais uma semana, mais um ano. O ano já está acabando e eu penso todas as noites naquilo que eu conquistei nestes quase 365 dias: Completamente nada. Mas no fundo eu choro com um pouquinho de satisfação por a noite ter chegado e eu não precisar mais me preocupar em fazer aquelas coisas que eu gostaria de ter tido ânimo para fazer. O dia já acabou mesmo! E daqui a pouco vem o outro. Mas eu peço para o próximo dia esperar um pouquinho, só um pouquinho, para que eu possa descansar meu nada de vida e tentar bolar um plano todo de novo. Afinal, nada cansa às vezes.

Um comentário:

..::Denny::.. disse...

uau maninha...
me arrepiei! hehehe
blog nos meus favoritos já

lovo!!!